A previsão era de tempo bom para o quarto dia pela Islândia, acordamos cedo e pegamos a estrada novamente para a região do Vulcão Krafla. Acredite, na Islândia, um dia de tempo bom é luxo, então era hora de aproveitar!
Nossa primeira parada foi em Namafjall, campo geotermal onde uma série de pequenos fenômenos podem ser observados. Fumarolas, poças de lamas borbulhantes, geysers, tem pra todos os gostos! Não é necessário fazer nenhuma trilha, é só parar o carro no estacionamento e passear pela área. Como a grande maioria das atrações da Islândia, o acesso é totalmente gratuito.



Partimos em seguida para a próxima atração do dia, a Cratera Viti. Pensamos em vulcões como formações de milhares de anos, e isso realmente vale para a grande maioria destas maravilhas da natureza. Mas na Islândia muitos vulcões tem se formado há poucos séculos, ou ainda décadas, o que contribui para tornar uma visita a esse país ainda mais fascinante.
No caso de Viti, a origem vem do ano de 1724, quando a erupção que ficou conhecida como “Myvatn Fires” fez brotar essa cratera de 300 metros de diâmetro. Hoje ela abriga um lago que resplandece vários tons entre o azul e o verde, de acordo com o ângulo e intensidade da luz solar, muitas vezes refletindo o céu.
A trilha é bem tranquila de fazer e consiste exatamente em dar a volta na cratera, observando cada ângulo. O detalhe técnico é que, assim como em Namafjall, principalmente no verão, há a presença de moscas “gigantes”, que podem incomodar bastante, pousando no seu rosto. Para contornar o problema, algumas pessoas levam um mosquiteiro para acoplar no boné ou chapéu.


Regressando a Akureyri, visitamos Godafoss. Se tem uma palavra que aprendi nessa viagem, é “foss”, que significa “cachoeira”. A história conta que no ano 999 o cristianismo foi adotado como religião oficial na Islândia. Como marco, estátuas de deuses pagãos foram atiradas em Godafoss, que a partir de então ficou conhecida como “Cachoeira dos Deuses”.
Nunca é demais ressaltar que na Islândia geralmente a proteção das atrações consiste apenas de cordas indicando a área restrita, mas aqui, nem isso existe. Você consegue literalmente chegar até a queda dágua, cabe a cada um cuidar de si e respeitar os próprios limites.


Para finalizar, já em Akureyri, paramos em um mirante para curtir a belíssima vista da cidade, que fica encravada entre as montanhas. É possível também avistar o fiorde Eyjafjordur, o segundo maior da Islândia, por onde passam toda sorte de embarcações, algumas dela rumo a Groenlandia! Bom, esse é um sonho que acho que nunca vai caber no bolso, mas lá depois da aposentadoria… quem sabe? Caprichosamente, após alguns minutos, começou a chover. Que bom que conseguimos aproveitar o dia. Isso é Islândia!
