Em 2017 conhecemos a Tailândia https://www.trilhaseaventuras.com.br/10-dicas-para-sua-viagem-a-tailandia/. A chegada em Bangkok aconteceu mais de 30 horas depois de sair de casa, chegamos no hotel por volta de 11 da manhã. Exaustos, o cansaço era tão grande que uma soneca parecia uma ótima ideia. Ledo engano. Acordamos só a noite, e mesmo saindo pra dar um rolê e jantar, não conseguimos mais dormir, ficamos acordados até o café-da-manhã e ainda sem sono fomos visitar o Grand Palace, o que levou a manhã inteira.
Foi minha primeira experiência com o jet lag (+10 horas de fuso). Nas próximas noites eu consegui dormir 2, 3, 4 horas, até que em 1 semana eu finalmente estava adaptado.
Mas porque estou contando isso em um post sobre o Qatar? Bom, porque depois dessa sofrencia com o fuso-horário, decidi que em viagens para tão longe (Ásia, Oceania), seria necessário uma parada estratégica, para descansar no caminho e já ir adaptando o fuso.
E foi assim que fizemos 2 anos depois, planejamos a ida para a Indonésia, chegando em Bali (+11 horas de fuso) com uma parada de 2 noites em Doha. E eu diria que essa estratégia funcionou perfeitamente. Sofremos bem menos com o jet lag, além de ter carimbado o passaporte no Qatar.
Todos já devem saber pq pela primeira vez a Copa do Mundo de Futebol está sendo realizada no fim do ano, ao invés de julho? A resposta é simples, por causa do CALOR, e na boa, isso eu aprendi na pele! Era extremamente desconfortável sair do hotel durante o dia, o calor era realmente insuportável. Então nos 2 dias que ficamos por lá, só saímos a noite.

Nosso hotel era pertinho do Souq Waqif, que é o mercado principal e coração de Doha, então foi por lá que passamos a maior parte do tempo. Foi nossa segunda visita a um país predominantemente islâmico (o primeiro foi o Marrocos), então a gente já sabia mais ou menos como se comportar e como se vestir. Para completar o choque cultural, era Ramadan, mês considerado sagrado quando os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr-do-sol. Mesmo jejuando, eles servem refeições normalmente para os turistas.


O segundo dia foi na mesma toada. O hotel tinha boa estrutura, então aproveitamos a piscina e a academia. A noite fomos para o Mia Park, complexo onde fica o museu de arte islâmica e que tem muitos caminhos pra fazer um passeio a beira mar. Sentamos no June Cafe, que tem umas cabaninhas com vista privilegiada para curtir as luzes do skyline de Doha.

Já de volta ao Souq Waqif, no jantar saboreamos aquele que é mais que um prato, na verdade é um símbolo de todo a gastronomia do Oriente Médio, o Lamb Shank.

A Copa do Qatar tem trazido muita discussão. Muitos acham que um evento dessa magnitude jamais poderia ser realizado no Qatar. Eu penso diferente. Acho que é uma oportunidade enorme de o mundo ocidental conhecer não só cultura e as belezas do país, como também de enfrentar aspectos polêmicos como a desigualdade social, os problemas com a liberdade das mulheres, a exploração do trabalho dos expatriados, e até o abandono e desprezo de gatos. Se queremos um mundo melhor (na nossa visão) não é se isolando que vamos conseguir isso, pelo contrário. Precisamos justamente conhecer, debater, e quem sabe combater, essas diferenças.